Terça-feira, 16 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,18
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

00:00:00

image
ae7b65557f584ffa666eb2a35ce5142f.png
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,18
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

Cidades Domingo, 01 de Maio de 2016, 17:53 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Domingo, 01 de Maio de 2016, 17h:53 - A | A

MERCENÁRIOS

Grupo de extermínio cometeu ao menos 230 homicídios em três anos em Várzea Grande

MAX AGUIAR

“Era um verdadeiro comércio da morte. Recebiam e matavam”. A fala é do delegado Rodrigo Azhen, um dos responsáveis pelo desmantelamento de um grupo de extermínio que atuava principalmente em Várzea Grande. O membro titular da Força Tarefa que investiga o esquadrão da morte, responsável pelas execuções em Cuiabá e Várzea Grande, revelou que os primeiros 17 presos são responsáveis direto por pelo menos 230 homicídios na cidade industrial em três anos. "Eles usavam carros, motos, armas de grosso calibre e máscaras para matar", frisou. 

 

 

PJC

GOE POLÍCIA

 

Para realizar essas execuções, os envolvidos eram divididos em policiais, seguranças, informantes, empresários e executores. O executor, segundo interceptações telefônicas, seria José Francisco Carvalho Pereira, o Ceará. Segundo o que aponta as investigações, Ceará já matou mais de 60, dos 230 executados. “Ele vivia de morte. Seria o pistoleiro. Recebia e matava. Não importava quem fosse”, diz trecho do inquérito policial formulado pela Polícia Civil.

 

Para a delegada Anaíde Barros, titular da DHPP, os próximos passos da operação não podem ser revelados, porém o que foi investigado até agora é que esse grupo, formado por seis policiais que acoitavam a ação dos bandidos, realizou ao menos 40% das mortes. "Os policiais sabiam de cada atuação. e faziam vista grossa", diz o inquérito.

 

 

“Eles agiam de maneira mercenária. Não eram justiceiros, eram negociadores de morte. Recebiam e por qualquer motivo matavam. Não eram apenas pessoas envolvidas com crime que morreram, mas sim qualquer pessoa. Bastava pagar que o crime acontecia. Um deles foi por motivo passional, onde a vítima foi revelada em pleno centro de Várzea Grande ao meio-dia”, comentou a delegada.

 

Esse crime em questão vitimou o empresário Eduardo Rodrigo Beckert, de 35 anos, e aconteceu no dia 5 de abril. Na ocasião, a vítima foi executada dentro de uma caminhonete quando chegava em sua residência, na região central de Várzea Grande.

 

 

Mayke Toscano/Hipernoticias

delegada/Anaídes de Barros

Delegada Anaíde Barros comentou sobre a Operação Mercenários

Rodrigo Azhen, que trabalhou de maneira invisível por dentro das investigações, comentou que destes cinco crimes que esses 17 foram indiciados, todos tiveram participação direta dos policiais e dos seguranças. “Podemos analisar que em quase todos os crimes haviam tiros na cabeça”, frisa, afirmando que o treinamento dos envolvidos ajudava na execução.

 

Mas, uma pergunta fica no ar: Porque a polícia suspeita de 230 homicídios e só indiciou o bando por 5 casos?

 

“As provas iniciais que temos é para prender essas pessoas por cinco crimes. Prendemos, aguardando uma possível condenação. Por isso fechamos os inquéritos de maneira que não há como o poder judiciário ter dúvida dessas participações. Eles estão envolvidos com todos esses crimes, mas ainda faltam algumas materializações para fundamentar para aqueles crimes do passado”, explicou Anaíde Barros.

 

 

Para a delegada, talvez nem todos os 17 presos estejam envolvidos nos crimes investigados pela Força Tarefa da DHPP.

 

“Para a gente ter certeza dos crimes e dos criminosos, o trabalho da Politec será essencial. Vamos confrontar o exame de balística dos crimes passados com as armas apreendidas. Se constar que foram usadas, teremos mais provas para nosso trabalho”, destacou o secretário de Segurança Rogers Jarbas.

 

 

Outro assunto afirmado pelo secretário foi a investigação da chacina do São Mateus, que ocorreu em fevereiro de 2014 e até hoje choca a população da região de Várzea Grande. A suspeita é que policiais também tenham cometido o crime.

 

Marcus Mesquita/MidiaNews

DHPP

Operação Mercenários prendeu 17 pessoas por homicídios na cidade de Várzea Grande

Sem dar detalhes da investigação Jarbas garantiu: “nada vai ficar impune”.

 

 

Operação Mercenários

 

A Operação Mercenários, desencadeada na terça-feira (26), pela Polícia Civil, prendeu 17 pessoas, apreendeu diversas armas e munições. Todos os envolvidos já estão presos em cadeias de Cuiabá e Várzea Grande.

 

 

 

Os seis policiais detidos estão cumprindo prisão preventiva na Cadeia Pública de Leveger. Vale ressaltar que o pedido de prisão foi assinado pelo juiz Otaviano Peixoto, titular da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande. O magistrado rotulou o bando como membros do comércio da morte da cidade industrial. 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros