Campos Neto repetiu que os bancos centrais do mundo terão uma "vida" mais difícil no curto prazo diante da dificuldade dos governos em reduzir gastos. Ele destacou a necessidade dos Poderes Executivos em "diminuírem" a agenda fiscal. "Quando a gente fala que precisa de harmonia, a parte fiscal ainda está tímida na volta. A gente não vê, globalmente falando, um debate muito maduro nem nos poderes Executivos e Legislativos sobre necessidade de fazer fiscal", avaliou.
Por outro lado, o presidente do BC disse que participou de dois governos no Brasil e reconhece a dificuldade do Executivo em cortar gastos. "A estrutura de gastos no Brasil é muito rígida, a (despesa) discricionária (não obrigatória) é pequena", disse. Ele defendeu, no entanto, a necessidade de avançar em propostas que desindexem o orçamento e promovam maior flexibilidade administrativa.
Campos Neto disse que o investidor observa quatro aspectos de um País para a tomada de decisão: trajetória da dívida, capacidade de arrecadação extra, eficiência do gasto e crescimento estrutural. O Brasil, segundo ele, gera questionamentos em todos os pontos, já que tem crescimento estrutural relativamente baixo, dívida alta, carga tributária elevada e divergências sobre a qualidade do gasto.
(Com Agência Estado)
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