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Justiça Terça-feira, 07 de Maio de 2024, 09:29 - A | A

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Terça-feira, 07 de Maio de 2024, 09h:29 - A | A

ALTERAÇÕES NO LEGISLATIVO

PGR pede informações atualizadas antes de emitir parecer sobre nova lei do Transporte Zero

Processo tramita desde 2023, quando o MDB recorreu contra a lei que proibiu o armazenamento, transporte e a comercialização do pescado nos rios mato-grossenses pelo prazo de cinco anos

RAYNNA NICOLAS
Da Redação

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, solicitou, nesta segunda-feira (6), dados técnicos atualizados acerca da Lei 12.434/2024, que trata da política da pesca em Mato Grosso. De acordo com o representante do Ministério Público Federal (MPF), faltam subsídios para que a PGR possa emitir parecer à alegação de inconstitucionalidade que recai sobre a norma. Na prática, a regra atualizou os termos da Lei 12.197/2023, que ficou conhecida como Lei do Transporte Zero.

"A discussão dos autos refere-se aos termos em que atualmente foi formulada a política pública de pesca no Estado de Mato Grosso. A solução da controvérsia demanda o exame de argumentos especializados, dados técnicos e outros subsídios relevantes", escreveu Gonet.

Processo tramita desde 2023, quando o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) recorreu contra a lei que proibiu o armazenamento, transporte e a comercialização do pescado nos rios mato-grossenses pelo prazo de cinco anos. As alegações do partido incluíam inconstitucionalidade formal pela invasão de competência da União e ofensa a princípios constitucionais como da dignidade da pessoa humana, da democracia participativa, da liberdade de exercício profissional e do pleno exercício dos direitos culturais das comunidades pesqueiras.

Na primeira fase do processo, a Advocacia-Geral da União e a PGR se mostraram favoráveis à suspensão da lei. Em janeiro, porém, houve audiência de conciliação. Como resultado, o governo aprovou junto à Assembleia Legislativa a Lei 12.434/2024 que limita para 12 o número de espécies cujo transporte, armazenamento e comercialização ficarão proibidos. Apesar da concessão, a proposta ainda não satisfez os pescadores.

A principal celeuma se dá quanto à compensação pecuniária prevista na lei do governo estadual que implicaria na perda de direitos previdenciários aos pescadores. Além disso, espécies consideradas essenciais para os pescadores continuaram proibidas.

LEIA MAIS: Audiência de conciliação sobre Transporte Zero termina sem consenso depois de "bafão" de advogada

Em vista disso, nova audiência de conciliação no início de abril terminou sem acordo entre a categoria e os representantes do Executivo e Legislativo mato-grossenses. O MDB, por sua vez, reiterou o argumento de que o Estado invade a competência da União e considerou que a proibição do transporte, comércio e armazenamento das 12 espécies é análoga à proibição da pesca da norma anterior, porquanto adotada sem lastro científico e em desconformidade com as leis federais que regulamentam a atividade.

Para o partido, as mudanças também não alteraram os efeitos nocivos da lei impugnada: desemprego, pobreza, perda de modo de vida, exclusão e marginalização, perda de conhecimento tradicional, racismo ambiental, impacto no benefício do seguro defeso e perda da cobertura previdenciária.

Caso o pedido da PGR seja acolhido pelo relator, ministro André Mendonça, os órgãos informantes devem prestar novos esclarecimentos, bem como a AGU, para que só então o Ministério Público emita parecer e o processo possa ser encaminhado para decisão. 

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