Para Gleisi, a decisão é uma "afronta" ao Poder Judiciário brasileiro e à soberania nacional".
"Essa retaliação agressiva e mesquinha a uma decisão do Tribunal expõe o nível degradante da conspiração de Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro contra o nosso país. Não se envergonham do vexame internacional que provocaram no desespero de escapar da Justiça e da punição pelos crimes que cometeram", disse ela nas redes sociais.
A ministra afirmou, ainda, que, "ao contrário do que planejaram, a Suprema Corte do Brasil se engrandece nesse momento, cumprindo o devido processo legal, defendendo a Constituição e o Direito, sem jamais terem se dobrado a sanções e ameaças de quem quer que seja".
No fim da publicação, Gleisi recorreu a um raciocínio também usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Brasil está com a Justiça, não com os traidores. O Brasil é do povo brasileiro!", destacou.
A decisão de retirar o visto de entrada de Moraes, "seus aliados na Corte" e familiares foi anunciada pelo secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio.
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AG), Jorge Messias, manifestou, por sua vez, "apoio e solidariedade" aos magistrados e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que também teve o visto revogado pelos Estados Unidos.
"Não se pode coadunar com a deturpação que pretende imputar a tais autoridades brasileiras a prática de atos de violação de direitos fundamentais tampouco censura à liberdade de expressão, quando em verdade sua atuação se orienta nos estritos limites do ordenamento jurídico, em favor da conservação da integridade da nossa Democracia e dos predicados do Estado de Direito", escreveu o advogado-geral da União em postagem publicada nas redes sociais.
Para Messias, o exercício da jurisdição não pode sofrer, em hipótese nenhuma, "assédio de índole política", muito menos por parte de outro País.
"Asseguro que nenhum expediente inidôneo ou ato conspiratório sórdido haverá de intimidar o Poder Judiciário de nosso país em seu agir independente e digno", destacou o ministro.
Procurado, o STF não se manifestou.
(Com Agência Estado)
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