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Artigos Sábado, 12 de Julho de 2025, 07:04 - A | A

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Sábado, 12 de Julho de 2025, 07h:04 - A | A

LUIZ HENRIQUE

Respeito às Pessoas Trans

LUIZ HENRIQUE LIMA

A dignidade humana é o alicerce sobre o qual se ergue o edifício democrático. Em uma sociedade que se pretende justa e inclusiva, garantir direitos fundamentais a todas as pessoas não pode ser um objetivo distante, mas uma exigência cotidiana. Entre os grupos historicamente marginalizados, a população trans ainda enfrenta barreiras significativas para o pleno exercício de sua cidadania. Assegurar-lhes os mesmos direitos de qualquer outro indivíduo – acesso à saúde, à educação, à empregabilidade e à proteção contra a discriminação – não é uma concessão, mas uma questão de justiça.

O que significa ser trans?

O termo "trans" refere-se a pessoas cuja identidade de gênero não corresponde ao sexo que lhes foi atribuído ao nascer. Isso abrange mulheres trans, homens trans e pessoas não binárias. Ao longo das décadas, a compreensão sobre identidade de gênero evoluiu significativamente. Inicialmente tratada por alguns como uma condição médica ou patológica, hoje se reconhece a vivência trans como parte da diversidade humana, reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas à garantia de seus direitos e ao enfrentamento da transfobia.

Apesar dos avanços legislativos e da mobilização social, pessoas trans continuam enfrentando desafios sistêmicos na saúde, na educação e no mercado de trabalho. A discriminação estrutural impede que muitas delas concluam sua formação acadêmica, acessem tratamentos médicos adequados ou obtenham oportunidades profissionais condizentes com suas qualificações.

No campo da saúde, políticas públicas devem garantir atendimento especializado e humanizado, incluindo acesso a terapias hormonais e procedimentos médicos quando desejados, sem burocracias impeditivas ou julgamentos morais. No ambiente educacional, medidas de combate à evasão escolar e formação adequada dos profissionais são essenciais para evitar que estudantes trans sejam vítimas de bullying, exclusão ou violência.

O direito ao trabalho também precisa ser fortalecido. Empresas e instituições devem promover ambientes livres de preconceito, assegurando contratações equitativas e criando mecanismos de proteção contra discriminação no exercício da profissão.

Ademais, o combate à violência e à transfobia é uma frente inegociável na construção de uma sociedade justa. Isso exige a condenação de toda espécie de violência motivada pela identidade de gênero, bem como a promoção de campanhas de conscientização que desconstruam preconceitos e promovam uma cultura de respeito e empatia que previna a transfobia desde cedo.

O respeito às pessoas trans não é apenas uma questão de tolerância, mas um imperativo social e político. O Brasil precisa avançar na construção de políticas públicas eficazes que garantam acesso pleno aos direitos fundamentais, eliminem barreiras históricas e promovam dignidade a todos os cidadãos. Somente através da equidade e do compromisso coletivo com a inclusão será possível consolidar uma sociedade verdadeiramente democrática.

(*) LUIZ HENRIQUE LIMA é professor e conselheiro independente certificado.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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