As causas do desequilíbrio lipídico vão além da alimentação rica em gorduras saturadas e trans. Predisposição genética, sedentarismo, tabagismo, obesidade, diabetes tipo 2 e hipotireoidismo também pesam na conta. Portari recomenda iniciar o rastreio ainda na infância, a partir dos nove anos, sobretudo em famílias com histórico de dislipidemia ou doenças cardiovasculares precoces. A hipercolesterolemia familiar, condição hereditária que eleva o LDL desde cedo, pode resultar em infarto precoce; detectar o problema "pode salvar vidas", ressalta o médico.
No exame de sangue, o LDL é o "colesterol ruim" porque se deposita nas artérias, enquanto o HDL age como protetor ao remover o excesso de gordura. Triglicerídeos, diretamente ligados ao estilo de vida, completam o perfil lipídico. Para melhorar esses indicadores, o especialista aponta a combinação de dieta equilibrada e atividade física: reduzir ultraprocessados, aumentar fibras solúveis, incluir peixes ricos em ômega-3 e manter rotinas de caminhada, corrida ou natação. Quanto ao ovo, estudos recentes mostram que o consumo moderado "não causa aumento significativo do colesterol" na maioria das pessoas; o foco deve ser a qualidade global da dieta, não a eliminação de alimentos isolados.
Portari resume a mensagem da data: "A prevenção começa com informação, exames regulares e escolhas de vida saudáveis. O colesterol não é apenas um número no exame de sangue: ele é um dos principais indicadores da nossa saúde cardiovascular."
(Com Agência Estado)
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