Em nota, os advogados Wilton Luís da Silva Gomes e Beatriz Alaia Colin, que defendem o empresário, disseram que ele sempre "prezou pela lisura de suas atividades empresariais" e não tem envolvimento com irregularidades (leia a íntegra da manifestação ao final da matéria).
Em depoimento à Polícia Federal, Fabbri alegou que o dinheiro foi juntado ao longo de dois anos com a venda de peças de carro. Segundo o empresário, um de seus hobbies é participar de competições de automobilismo e muitas peças que compra acabam sendo revendidas. As transações, de acordo com o depoimento, ocorrem em espécie. Ele disse não ter recibo nota fiscal das compras nem comprovantes das vendas. Fabbri declarou ainda que guarda o dinheiro em casa porque tem uma casa em reforma e faz pagamentos em espécie aos pedreiros.
O empresário também foi questionado sobre os valores apreendidos na sede da Quality Medical. Segundo Fabbri, a quantia tem como origem pagamentos em espécie "referentes a pequenas vendas". Ele justificou que usa o dinheiro para pagar uma outra obra, de um prédio que está sendo construído com a família, e também comissões de funcionários e fretes. Novamente, alegou não ter comprovação da origem do dinheiro apreendido.
Fabbri disse que "não tem muito controle sobre a declaração desses valores, que teria que ver com a contabilidade", e não soube informar se a quantia foi declarada à Receita.
O empresário foi preso em flagrante na Operação Estafeta e denunciado nesta segunda-feira, 19, por suspeita de corrupção ativa, lavagem e organização criminosa. Ele é réu em outro processo, de improbidade, derivado da Operação Prato Feito, que investigou suspeitas de desvios de verbas da merenda em três Estados.
COM A PALAVRA, A DEFESA DO EMPRESÁRIO
Caio é denunciado, única e ilegalmente, em razão de ser sócio proprietário da empresa Quality Medical - renomada em sua expertise, com quase 20 anos de mercado, possuindo contratos em diversos municípios do Estado de São Paulo. Atualmente, a Quality Medical sequer possui contrato com a Prefeitura de São Bernardo do Campo, sendo que tanto Caio quanto os demais sócios desconhecem os nomes das pessoas envolvidas na Operação, com as quais não possuem qualquer vínculo.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público, ao contrário de cumprir o seu papel, deixa mais dúvidas do que respostas. Não logrou pormenorizar um único ato ilícito atribuível a Caio Fabbri - justamente em razão de seu distanciamento dos fatos apurados na operação Estafeta.
Caio sempre prezou pela lisura de suas atividades empresariais e não possui qualquer envolvimento com as práticas ilícitas veiculadas na denúncia - motivo pelo qual a defesa credita sua confiança na Justiça, que deverá absolve-lo sumariamente.
Wilton Luís da Silva Gomes e Beatriz Alaia Colin
(Com Agência Estado)
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