Conforme o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP-BA, Binho Galinha manteve suas atividades ilícitas por meio de "laranjas" para movimentar recursos e ocultar bens.
O MP aponta que, sob o comando de Binho Galinha, a organização continuou praticando crimes como jogos de azar, agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro. O deputado teria mantido "em funcionamento seus negócios ilícitos, em flagrante desrespeito às medidas cautelares impostas anteriormente".
As investigações indicam que o parlamentar contou com a ajuda de auxiliares, sua companheira Mayana Cerqueira da Silva e seu filho João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, cuja função seria prejudicar as investigações.
Durante esse período, a Polícia Federal interceptou diversas transações financeiras que beneficiavam diretamente Binho Galinha, algumas no valor de R$ 160 mil, sendo R$ 155 mil destinados a ele.
A nova denúncia também atinge Mayana Silva, João Guilherme, Cristiano de Oliveira Machado e outros dez integrantes da organização.
Operação El Patrón
Segundo investigações das operações El Patrón e Estado Anômico, o grupo é responsável por crimes como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.
Com a deflagração da Operação El Patrón, no início deste mês, o parlamentar se entregou à polícia e está custodiado em uma Sala de Estado-Maior no Centro de Observação Penal (COP), localizado no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
Antes de se entregar, Binho permaneceu foragido por dois dias, desde que a operação prendeu seu filho e sua esposa.
A prisão de Binho Galinha foi determinada com base em um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a situação, mesmo considerando o foro privilegiado do parlamentar.
Em 14 deste mês, onze dias após a prisão, o deputado foi suspenso da sigla que integra, o Partido Renovação Democrática (PRD), em razão da detenção.
O Estadão entrou em contato com a defesa de Binho Galinha, Mayana Silva e João Guilherme, mas, até o momento da publicação desta reportagem, não obteve retorno. O canal de comunicação segue aberto.
(Com Agência Estado)
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