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EDUCAÇÃO SUPERIOR

Do Brasil para o mundo: estudantes iniciam graduação em instituições internacionais

Universidades estrangeiras apostam na diversidade e no ensino globalizado enquanto jovens brasileiros buscam formação alinhada a causas sociais e experiências multiculturais

DA REDAÇÃO

O segundo semestre do ano marca não apenas o início de mais um ciclo acadêmico, mas também o começo de uma nova vida para dezenas de estudantes brasileiros que decidiram cruzar fronteiras em busca de uma formação superior internacional. Com malas prontas, vistos emitidos e corações acelerados, jovens como Iris Brenman Alkalay, de 18 anos, Bárbara Marina Terra de Oliveira, e Leonardo Almodi dos Reis, ambos de 20 anos, embarcam para universidades na Europa.

O crescimento desse movimento é respaldado por dados recentes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que apontam que mais de 87 mil brasileiros estavam matriculados em cursos de nível superior fora do país em 2022. Estimativas da International Consultants for Education and Fairs (ICEF), comunidade internacional focada em educação que organiza eventos, oferece formação e promove a acreditação de agências de educação, indicam que esse número pode ter ultrapassado 110 mil estudantes em 2023. Cada número carrega uma história única de planejamento, esforço e sonhos.

Para Iris, aluna recém-chegada à Erasmus University Rotterdam, na Holanda, a decisão foi movida por um profundo desejo de gerar impacto social. Matriculada no curso de Management of International Social Challenges, que em tradução livre é Gestão Internacional de Desafios da Humanidade, ela descreve a formação como a escolha ideal para quem quer usar o conhecimento como ferramenta para enfrentar desigualdades, guerras, pobreza e questões ambientais.

“Sempre quis escolher uma formação que me proporcionasse no futuro um impacto real. Eu não sabia exatamente qual graduação queria fazer, só tinha claro o meu propósito. Cheguei a iniciar o curso de Direito, pensei em Relações Internacionais, mas ainda não me estava satisfeita. Com uma assessoria especializada, foi mapeado os cursos que se conectavam com o meu objetivo e a pude comparar opções. Foi essencial para eu chegar até aqui. Acredito que o curso é perfeito porque ensina a usar história, sociologia e filosofia para combater os desafios que a humanidade enfrenta, como guerras, pobreza, problemas ambientais, enfim, desigualdades de vários escopos”, explica.

Já instalada em Rotterdam, ela conta com entusiasmo como a diversidade cultural da cidade e da universidade tem transformado sua visão de mundo. “Nunca estive em um ambiente tão multicultural. Já aprendi muito antes mesmo das aulas começarem. Aqui, eu não estou apenas na Holanda, estou em contato com o mundo inteiro”.

No caso de Leonardo, a jornada o levou à Carlos III University, em Madri, onde irá cursar Engenharia. O estudante relata que o sonho de estudar fora já vinha sendo construído há tempos, mas o processo de candidatura à universidade espanhola trouxe inseguranças, especialmente quanto às etapas burocráticas e à escassez de informações claras.

“O maior desafio foi entender os processos de inscrição, que não são tão intuitivos. Ter uma empresa que entende do assunto foi essencial nisso. Eles entravam em contato com a universidade, esclareciam dúvidas e me ajudaram a entender o tipo de intercâmbio adequado. Isso me deu muita tranquilidade”, destaca Leonardo, que já está na Espanha explorando a cultura local antes do início das aulas, marcado para 8 de setembro.

Ele reconhece o privilégio da experiência e incentiva outros jovens a persistirem no sonho. “Intercâmbio parece algo inalcançável, mas com planejamento e ajuda certa, é possível. Sou muito grato e quero aproveitar ao máximo.”

Já Barbara Marina viu uma oportunidade em dose dupla: aliar estudos com esporte. Ela escolheu a instituição americana Benedictine College, que fica em Atchison, Kansas, para cursar Estudos Internacionais com especialização em Economia. Atleta de voleibol, Bárbara conciliou o processo de admissão universitária com negociações com a equipe esportiva da instituição, um caminho diferente do tradicional, mas igualmente desafiador e que lhe rendeu uma bolsa de estudos. Além de se desenvolver academicamente, ela espera aprimorar o inglês, fortalecer suas habilidades no esporte e construir uma boa rede de contatos.

“Foi necessário convencer os técnicos de que eu era a escolha certa para compor o time. Depois de muitas reuniões, recebi uma bolsa de estudos irrecusável, e a partir daí o processo seguiu com provas de proficiência e envio de documentos. Essa experiência internacional vai influenciar diretamente minha trajetória profissional. Hoje, o mercado busca pessoas dinâmicas, disciplinadas e com boa comunicação, e é isso que estou buscando aqui”, relata.

O especialista em educação internacional Gavur Kirst destaca que a busca por universidades estrangeiras está em ascensão entre brasileiros, especialmente por quem deseja uma formação mais plural, prática e alinhada com os desafios contemporâneos.

“A educação internacional abre horizontes, não apenas acadêmicos, mas pessoais e profissionais. É uma vivência que desenvolve autonomia, empatia e visão global, competências cada vez mais valorizadas no mercado e na sociedade”, afirma.
Kirst está à frente da empresa Gold Tassel, especializada em assessoria para ingresso em cursos superiores estrangeiros, e tem o papel estratégico ao orientar os estudantes desde a escolha do curso até a adaptação no país de destino.

“Estamos acompanhando o embarque de 85 alunos vão iniciar entre agosto e setembro uma nova etapa da vida acadêmica em universidades pelo mundo afora, em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, França, Espanha e Holanda. Contudo, para chegar até lá, é um caminho cheio de etapas e nuances. Ter um time que entende do assunto evita erros, economiza tempo e aumenta muito as chances de aprovação”, ressalta.

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