O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso (Abrasel-MT), Daniel Teixeira, atribui o recuo do setor de bebidas ao “alarmismo” gerado por casos de contaminação por metanol. Em entrevista ao HNT TV Entrevista, Daniel afirmou que as ocorrências nunca representaram risco aos consumidores mato-grossenses e que os casos se concentraram no Sudeste, principalmente em São Paulo.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, não há registros de contaminação por metanol em Mato Grosso. Até esta segunda-feira (13), o governo federal contabilizava 213 notificações de suspeita, das quais 32 foram confirmadas - 28 delas em São Paulo.
Não vejo um risco real para o consumidor aqui de Mato Grosso
“As contaminações por metanol nunca representaram um problema para nós. Não vejo um risco real para o consumidor aqui de Mato Grosso. Mas, de fato, em São Paulo aconteceram casos”, afirmou Teixeira.
LEIA MAIS: HNT TV: Presidente da Abrasel minimiza risco de contaminação por metanol em MT
Para combater a desinformação e reduzir a circulação de fake news, a Abrasel elaborou uma cartilha com esclarecimentos aos consumidores e empresários. Segundo Daniel, é importante destacar que as contaminações não ocorreram em vinhos ou cervejas, e que o consumo em bares e restaurantes é seguro, já que esses estabelecimentos passam por constante fiscalização dos órgãos reguladores.
“O metanol tem um gosto muito peculiar. Se você misturar com cerveja, ele estraga a bebida; e, no vinho, o sabor também muda. Já vi pessoas com medo de comprar vinho no supermercado por causa desse alarmismo. A Abrasel tem reforçado que bebidas falsificadas não circulam em empresas legalizadas”, explicou o presidente.
O prejuízo com adulteração de bebidas chegou a R$ 67,6 bi
CONTRABANDO PENALIZA INDÚSTRIA DE BEBIDAS
Daniel Teixeira avalia que a recente onda de casos envolvendo metanol não afeta o setor tanto quanto o contrabando de bebidas. Segundo levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), o prejuízo com adulteração de bebidas chegou a R$ 67,6 bilhões entre 2020 e 2025, o que representa 18,2% das perdas totais com produtos falsificados.
Para o presidente da Abrasel-MT, o comércio informal é o verdadeiro vilão do mercado.
“Somos contra a informalidade. A Abrasel defende a liberdade, o livre mercado e a concorrência leal. Quando alguém traz um produto sem pagar impostos, concorre de forma desleal com quem atua de forma regular”, concluiu Teixeira.
VEJA VÍDEO
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.