O psicólogo Jair Donato disse ao HNT TV Entrevista que o cérebro de um viciado em celular funciona de forma semelhante ao de um usuário de drogas químicas. O uso excessivo de smartphones gera dependência e pode exigir acompanhamento médico. Em alguns casos, os prejuízos são tão profundos que a terapia não é suficiente, sendo necessário recorrer a medicamentos psiquiátricos.
Segundo Donato, o cérebro sofre um efeito em cadeia que, geralmente, começa com a privação do sono — responsável por recuperar a mente do desgaste diário.
"Os efeitos são nocivos. Literalmente, nocivos. Quando a produção de dopamina fica exagerada e gera o vício, torna-se semelhante ao uso de uma droga química. A única diferença é que não é ingerida", disse.
O psicólogo ressalta que não há atalhos e aponta a prevenção da dependência como o caminho mais recomendado. Ele destaca que os cuidados com o comportamento devem começar na infância.
"Uma criança, para não desenvolver apego a nenhum uso excessivo, não deveria acessar o smartphone antes dos sete anos", ressalta Donato.
Caso os pais optem por introduzir o celular antes dessa idade, Donato lembra que a Sociedade Brasileira de Psiquiatria recomenda os quatro anos como idade mínima para o início da interação das crianças com o aparelho.
"O temperamento é afetado. Isso é tão sério que crianças estão manifestando comportamentos semelhantes ao autismo e ao TDAH. Não que o uso do smartphone cause autismo ou TDAH, mas os comportamentos são semelhantes devido à alteração disfuncional provocada no cérebro", concluiu.
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