O prefeito de Colíder (633 km de Cuiabá), Rodrigo Luiz Benassi (PRD), negou qualquer risco de rompimento da barragem da Usina Hidrelétrica Colíder (UHE Colíder), embora quatro drenos já tenham apresentado problemas na barragem. Por segurança, a Eletrobas decidiu diminuir o volume do lago. Segundo o prefeito, mesmo em caso de rompimento, os municípios não seriam impactados por inundações.
"Não há essa possibilidade [de inundação] porque o canal do rio passa bem longe dos municípios. Se houvesse risco de rompimento, claro que impactaria os ribeirinhos nas margens do rio, mas não há esse previsão, não tem esse risco porque o risco iria existir se não houvesse esse rebaixamento", explicou Benassi à imprensa nesta quarta-feira (20).
O prefeito, no entanto, chamou atenção para outros riscos, em especial para o imapacto econômico do esvaziamento da barragem. Segundo ele, só no período de pesca, o prejuízo para o setor de turismo pode chegar a R$ 6 milhões na região. Além disso, os municípios impactados deixarão de receber royalties pela geração de energia.
A Eletrobras, conforme Benassi, tem prestado apoio à região, inclusive no transporte de embarcações encalhadas para lugares seguros. O governador Mauro Mendes (UB) também enviou equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para auxiliar a mitigar os impactos ambientais.
"De junho até agosto quatro drenos apresentaram problema, ou seja, tiveram uma vazão maior do que o normal. São 70 drenos, se houvesse mais problemas de drenos, aumentaria o risco de rompimento. A Eletrobras, com uma equipe qualificada de técnicos, avaliou que aumentou o risco da barragem. A barragem tem quatro níveis de risco que é o normal, aviso, alerta e emergencial. Colíder estava em aviso e subiu para alerta", falou.
"Diante deste fato, é algo inédito até no Brasil, eles decidiram pelo rebaixamento do lago, para evitar qualquer tipo de rompimento. Vão ser rebaixados 50 centímetros por dia até totalizar 17 metros, ou seja, todo lago do Teles Píres na região de Itaúba, Colíder e Nova Canaã do Norte, para cima da barragem, vai voltar ao leito normal do rio", concluiu.
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