"A lei da reciprocidade, uma belíssima lei, será aplicada no seu devido tempo, mas o que nós queremos é resolver através da negociação", disse Alckmin à CNN Brasil.
Na última quinta-feira, 28, como revelou o Estadão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o Itamaraty a acionar a Câmara de Comércio Exterior (Camex) para iniciar consultas, investigações e medidas com vistas à aplicação de medidas de reciprocidade contra os EUA.
Alckmin anunciou que será publicada nesta terça-feira, 2, a portaria com a suspensão do pagamento de tributos previstos no regime de drawback.
"As empresas vão ter um ano sem precisar pagar o imposto, nem precisar pagar a multa e podem exportar tanto para os Estados Unidos quanto para outros países. Esse era o pleito do setor produtivo, que amanhã estará resolvido com a publicação do drawback".
Alckmin afirmou que o Brasil busca aproximações tanto com os Estados Unidos quanto com a China, mesmo no cenário de tarifaço americano. Após ser questionado sobre a aproximação com o país asiático, Alckmin disse que o Brasil "não tem litígio com ninguém", apenas faz a defesa de sua soberania.
"A tarefa é nos aproximarmos dos dois, não é incompatível. A China é o maior comprador do Brasil, é o maior parceiro comercial. Os Estados Unidos são o maior investidor no Brasil. O que nós queremos é um ótimo relacionamento com a China", afirmou, listando alguns investimentos recentes dos chineses no País.
Sobre os EUA, ele citou as mais de 3.500 empresas americanas presentes no Brasil. E sintetizou: "Nós queremos é fortalecer essa complementaridade econômica".
Viagem ao México
Sobre a viagem feita ao México, na semana passada, o vice-presidente fez um balanço positivo da missão do governo brasileiro, sustentando que há afinidade entre os dois países, por serem as maiores economias da América Latina e as duas maiores democracias da região.
"Eu diria que foi uma viagem muito proveitosa, com bons resultados para o agro, bons resultados para serviços e investimentos", defendeu. "Tem muito espaço para complementaridade econômica."
Big techs
O vice também comentou sobre a reunião recente que teve com representantes das big techs e disse que o mundo inteiro discute a regulação das empresas de tecnologia.
"Esse é um tema que o mundo está discutindo, estão sendo estabelecidas regras mínimas para ter cuidado com o conjunto da sociedade", pontuou.
(Com Agência Estado)
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