"Compromissos antecipados não fazem sentido, nem com um novo corte de juros nem com a manutenção da política monetária", disse ele nesta segunda-feira, 16, em discurso durante evento em Frankfurt. "Devemos continuar decidindo reunião por reunião, com base nos dados, e não tomar decisões precipitadas."
Segundo o também presidente do BC alemão, o Bundesbank, o nível atual dos juros já não exerce mais efeito contracionista sobre a economia. "A política monetária provavelmente já não atua mais de forma restritiva com os juros atuais", ponderou. "Na minha visão, com esse nível de juros temos uma posição inicial muito boa para reagir às mais diversas evoluções."
Nagel disse ainda que dados recentes de inflação indicam que a meta de 2% está sendo alcançada de forma sustentada. Ainda assim, ele insistiu que não há espaço para complacência, e pontuou que "de forma alguma, podemos nos acomodar confortavelmente na poltrona e cruzar os braços".
Sobre a economia alemã, Nagel reconheceu que o crescimento segue fraco, mas vê sinais de recuperação à frente. "Para o próximo ano, o Bundesbank considera provável um aumento perceptível do Produto Interno Bruto (PIB) alemão." No entanto, ele alertou que os efeitos negativos das tarifas comerciais americanas e da incerteza global podem custar até 0,75 ponto porcentual (pp) do PIB do país no médio prazo.
Por outro lado, o impulso fiscal deve ajudar a sustentar a atividade. "Somente os gastos adicionais com defesa e infraestrutura poderiam elevar o crescimento econômico em 2026 e 2027 em um total de 0,75 pp", acrescentou o dirigente do BCE.
(Com Agência Estado)
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