Segundo Barkin, a indefinição tem mantido os líderes empresariais em compasso de espera. "Não estão cortando gastos, mas também não estão contratando nem investindo", observou.
Para o dirigente, o cenário não é alarmante, mas também não inspira confiança. "Minha previsão do tempo não é de céu claro, mas também não é de tempestade. Há riscos no emprego e na inflação."
Barkin ressaltou que os dados econômicos seguem sólidos. "O CPI de maio foi encorajador. O crescimento do emprego segue saudável e o desemprego estável", disse. No entanto, segundo ele, o sentimento não acompanha os números. "O otimismo pós-eleição entre pequenas empresas e CFOs se dissipou."
Entre os fatores que alimentam a incerteza, Barkin citou "tarifas com a União Europeia (UE), orçamento federal, Oriente Médio - tudo segue imprevisível".
Ele alertou ainda para os efeitos inflacionários das tarifas. "As empresas estão repassando custos aos clientes. O impacto sobre a inflação medida tem sido modesto, mas a tendência é de aumento", disse. O presidente da distrital de Richmond ainda acrescentou que espera que os efeitos nos preços comecem a aparecer em julho e agosto.
Do lado do emprego, Barkin apontou que se o repasse de custos falhar, "as empresas cortarão custos, inclusive com demissões". Ele ponderou, porém, que a redução na imigração pode aliviar pressões sobre o desemprego.
Com juros altos e incertezas geopolíticas inibindo investimentos, ele alertou para riscos de longo prazo. "Minha preocupação maior não é o 'clima de amanhã', mas o ambiente de negócios adiante", mencionou. Sobre política monetária, reiterou que o Fed seguirá paciente e que pode "esperar com paciência e reagir com clareza quando a visibilidade melhorar".
(Com Agência Estado)
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