A presidente da Comissão de Recuperação Judicial da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Aline Barini, disse ao HNT TV Entrevista que o aumento da procura pelo processo após a pandemia da covid-19 não é um motivo para "alarde". Segundo ela, os olhos devem estar voltados ao cenário econômico do país que contribui para a situação de instabilidade financeira das empresas.
"Não que a recuperação judicial ou as outras medidas previstas nessa lei de reestruturação sejam o motivo de um alarde. O motivo do alarde é a situação econômica que o país vive e os efeitos A recuperação é uma consequência", disse Aline Barini ao podcast.
A advogada citou as gigantes OI e Americanas que quebraram e ingressaram com recuperação judicial após acumularem dívidas exorbitantes. A Americanas, por exemplo, admitiu pendências que somam R$ 43 bilhões. Aline lembrou que o governo federal tentou minimizar os efeitos da crise instalada na pandemia, negociando a prorrogação dos vencimentos, porém, a manobra não foi suficiente para colocar dinheiro em caixa.
"As empresas tentaram se sorreguer nesses três anos pós-pandemia com essa prorrogação desses vencimentos, que elas não conseguiram se reestruturar a esse ponto. Então, houve, sim, um grande aumento de recuperações judiciais no setor secundário e terciário, que a gente fala que são as indústrias e o setor de varejo", observou.
As mudanças climáticas são vilão da economia. Aline Barini ressaltou que as secas ou excesso de chuvas castigam o agronegócio, prejudiciando as plantações e levando parte dos produtores à recuperação.
"É necessário que haja o entendimento que a mudança climática global afeta as janelas de plantio e as janelas de colheita", pontuou.
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