O secretário de Estado de Saúde (SES-MT), Gilberto Figueiredo (União Brasil), disse ao HNT TV que há risco do governo "quebrar" caso nomeie os 1,6 mil funcionários que serão contratados para atuar no Hospital Central Cuiabá. Gilberto explicou que a longo prazo, o mais viável ao Estado é a terceirização, pois gera economia à gestão. O secretário exemplificou citando os gastos com a recente nomeação de 249 servidores. Segundo ele, a medida gerou um impacto de R$ 249 milhões na folha da Saúde.
"Se a decisão for da terceirização do contrato, aumentamos a despesa de pessoa jurídica e não a despesa de pessoa física de pessoal em curto prazo. Dei o exemplo da nomeação de 249 que deu R$ 41 milhões de despesa, imagina se nomearmos 1,6 mil do Hospital Central, quebramos", falou o secretário.
Seis hospitais estaduais estão em construção e devem ser entregues até o fim do mandato do governador Mauro Mendes. O Hospital Central, que será administrado pela Sociedade Beneficente Albert Einstein, inicia as contratações neste mês de maio. Os primeiros atendimentos começam em dezembro e até janeiro a expectativa é que todas as alas estejam em pleno funcionamento. Gilberto destacou que o contrato assinado com o Einstein dá à entidade total autonomia para fazer as contratações. A gestão não fará indicações.
"Alguns servidores de nível médio ganham R$ 14 mil. Tem servidor com salário maior que do secretário de Estado. A carreira enseja um custo operacional muito maior para o governo. O Estado não pode voltar para aquele status que tinha de mal pagador, que não dava conta de honrar os seus compromissos e o governo Mauro Mendes é um governador de entregas que está preocupado em entregar para o cidadão aquilo que o cidadão necessita e, para isso, tem que promover as economias necessárias", pontuou o secretário.
RESERVA DE R$ 50 MILHÕES
A eficiência fiscal é uma das bandeiras defendidas pelo governador Mauro Mendes (União Brasil) que herdou o Executivo com as contas no vermelho e deflagrou uma profunda reforma administrativa para reajustar os gastos, cortando na carne. Gilberto ressaltou que essa reestruturação está permitindo o governo investir além dos 12% exigidos pela legislação na Saúde, sobrando recursos para empenhar no atendimento de alta complexidade, como o Hospital Central.
Porém, o aporte é feito com cautela. O secretário disse que a SES pactuou o fechamento da Santa Casa de Cuiabá, já que 70% dos atendimentos da unidade serão repassados ao Hospital Central. Somando a economia com a Santa Casa aos repasses do Ministério da Saúde, a pasta terá à disposição o equivalente a R$ 50 milhões.
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