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Artigos Sábado, 04 de Maio de 2024, 07:49 - A | A

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Sábado, 04 de Maio de 2024, 07h:49 - A | A

FERNANDA BARROS

Glúten e os efeitos no intestino

FERNANDA BARROS

Reprodução

FERNANDA BARROS

 

Quando vemos a informação no pacote do produto no supermercado “Contém Glúten” dá a impressão de que faz mal à saúde, não é mesmo? Isso porque, muitas dietas “milagrosas” que surgem todos os dias, conquistam milhares de adeptos. Porém, uma dieta restrita, totalmente sem glúten, será que ajuda mesmo você a perder peso de verdade? Afinal, é verdade que o glúten faz mal à saúde? A resposta é não. O glúten não faz mal à saúde. Não há qualquer pesquisa ou até mesmo testes científicos conclusivos que aponte que o glúten prejudique o desenvolvimento ou funcionamento do organismo de pessoas seja elas sedentárias ou saudáveis. Afinal, o glúten nada mais nada menos é um tipo de proteína encontrado em cereais como trigo, cevada, centeio e malte. Para entender melhor, ele é a combinação de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina, encontradas nos elementos já citados acima.

Se a pessoa não possui intolerância ao glúten e mesmo assim exclui 100% da sua alimentação diária, pode causar prejuízos à saúde. Quando consumido de maneira correta e equilibrada, o glúten, ao chegar no intestino delgado, ajuda na proliferação e renovação das bactérias “do bem”, que auxiliam na digestão alimentar. Sendo assim, o glúten deve estar na faixa do meio a meio, não podendo ter o consumo exagerado e, ao mesmo tempo, não ser excluído totalmente da alimentação diária para as pessoas que não são intolerantes. Sem falar nos efeitos de uma melhor produção de serotonina no intestino de pessoas que deixam de consumir produtos que modulam mal a flora bacteriana intestinal, como é o caso do próprio glúten.

A doença celíaca deve ser diferenciada da sensibilidade ao glúten não celíaca, a fim de identificar o risco de deficiência nutricional e complicações da doença celíaca e determinar o grau e a duração necessários da adesão a uma dieta sem glúten. Pesquisas apontam que um em cada 300 brasileiros são portadores da doença. O organismo dos celíacos tem uma rejeição crônica à essas substâncias, que acaba resultando em uma inflamação que danifica o intestino delgado, trazendo sintomas como a diarreia, distensão abdominal, fraqueza e perda de peso. Nesse caso, o glúten interfere na flora bacteriana intestinal, de uma forma que piora a resposta imunológica do paciente. Além dessas manifestações intestinais, o portador da doença pode a ter manifestações extra intestinais, como: anemia por deficiência de ferro inexplicável, deficiência de folato ou vitamina B12, elevação persistente das aminotransferases séricas, dermatite herpetiforme, rinite de repetição, fadiga, dores de cabeça recorrentes, perda fetal recorrente, prole com baixo peso ao nascer, fertilidade reduzida, estomatite aftosa persistente, hipoplasia do esmalte dentário, doença óssea metabólica e osteoporose prematura, neuropatia periférica idiopática ou ataxia cerebelar não hereditária.

Quando suspeitar de doença celíaca e intolerância ao glúten? Existem critérios conforme a probabilidade que vão guiar o especialista para quais exames solicitar para a investigação. Idealmente, o teste para doença celíaca deve ser realizado enquanto os pacientes estão em uma dieta contendo glúten. A abordagem do teste varia de acordo com a probabilidade de doença celíaca. Indivíduos com baixa probablidade, indica se exames sorológicos realizados pela coleta do sangue. Já indivíduos com alta probabilidade, além dos exames sorológicos é indicado uma endoscopia digestiva alta com biópsia do duodeno.

Caso confirmado a doença celíaca pelos testes sorológicos, histologicamente e manifestações clínicas ou laboratoriais, recomenda se que os pacientes aderem a uma dieta isenta de glúten. E realize acompanhamento com nutricionista e médico de forma periódica com conhecimento em doença celíaca. Portanto, transformado em vilão por dietas da moda, o glúten é um nutriente que muitas pessoas ainda evitam, mesmo que inúmeros especialistas já tenham confirmado que cortar o ingrediente do cardápio não é garantia de perda de peso ou de melhorias na saúde – a não ser os intolerantes e celíacos.

(*) Dr. FERNANDA BARROS é médica Proctologista.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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