Vivemos um paradoxo: nunca tivemos tanto acesso à informação e, ao mesmo tempo, nunca estivemos tão expostos à desinformação.
A facilidade de compartilhar conteúdos, somada à velocidade das redes sociais, criou um ambiente onde verdades, mentiras e meias-verdades se misturam em um fluxo contínuo. É nesse cenário que o letramento digital se torna urgente.
Letramento digital não é apenas saber usar um computador ou um celular. É saber navegar com consciência, reconhecer manipulações, identificar fontes confiáveis e interpretar dados com senso crítico. É entender como funcionam os algoritmos que moldam o que vemos e, muitas vezes, o que pensamos.
Fake news, deepfakes, bolhas digitais e discursos manipulados são armas silenciosas. E quem não está preparado se torna alvo fácil. A desinformação, hoje, não apenas atrapalha o debate: ela decide eleições, espalha ódio e fragiliza a democracia.
A solução? Educação. Mas uma educação conectada com os desafios do presente. O letramento digital precisa começar desde cedo nas escolas, com disciplinas que ensinem os jovens a lidar com o excesso de informação e a responsabilidade de compartilhar conteúdo. Mas também precisa ser contínuo. Empresas, governos e instituições públicas devem investir em capacitação para seus times e comunidades.
Você, como líder, empresário ou educador, já pensou no impacto de oferecer um simples workshop sobre letramento digital para sua equipe?
As plataformas também têm responsabilidade. Elas devem oferecer ferramentas de checagem, conter conteúdos enganosos e fomentar o pensamento crítico.
Saber usar a internet é pouco. É preciso decifrar o que é verdade em um mar de mentiras. Sem letramento digital, a informação vira armadilha. E onde falta educação, sobra manipulação.
E nesse caminho, faço questão de destacar e parabenizar o trabalho sério e necessário do Instituto Palavra Aberta, liderado com brilhantismo pela minha amiga Patrícia Blanco. Uma referência nacional na promoção da educação midiática e na luta contra a desinformação. O Brasil precisa conhecer mais de perto essa iniciativa transformadora.
(*) ALEK MARACAJÁ é analista de dados, publicitária, consultor político associado ao CAMP e diretor nacional da Associação Brasileira dos Agentes Digitais (Abradi)
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