Criado pelo atleta e treinador Fernando Leitão, o projeto Luta de Rua vem promovendo inclusão social por meio do esporte em bairros de Cuiabá e Várzea Grande. No entanto, apesar de ter criado um espaço de treinos com recursos próprios, o atleta relata que a iniciativa ainda enfrenta dificuldades estruturais, como a falta de itens básicos como tatames e materiais esportivos.
“A gente precisa de ajuda. Nem é pra mim, é para os meninos do projeto. Crianças e adolescentes que querem competir, representar o estado e mudar de vida”, reforça.
A iniciativa, que funciona como um “caça-talentos” do boxe, realiza sparrings (forma livre de combate), em diferentes comunidades e seleciona os destaques para receber treinamento completo e gratuito em um centro próprio, construído na residência de Leitão.
A cada semana, o Luta de Rua monta sua estrutura em um novo bairro. Já passaram pelo projeto comunidades como CPA 4, Dr. Fábio, Pedregal, Sol Nascente, Jardim Umuarama, 1º de Março, e a próxima etapa será realizada em bairro de Várzea Grande. Neste final de semana, o evento acontece novamente no CPA 4, no campo do bairro.
Reprodução
VENCEU COMPETIÇÃO IMPORTANTE
Fernando Leitão venceu recentemente um campeonato profissional de boxe, o BFK - Black Fight Kombat, em duas categorias acima da sua para chamar atenção ao projeto. “Lutei pelo Luta de Rua, para mostrar o potencial que temos aqui, mesmo sem estrutura”, conta.
Fernando busca apoio de parlamentares e autoridades para fortalecer o projeto e expandir as oportunidades para jovens das periferias. Interessados em conhecer ou apoiar o Luta de Rua podem acompanhar as atualizações pelo Instagram do treinador e da iniciativa (@luta_rua_cba01 e @fernandoleitaoj).
Leitão, que cresceu no bairro Jardim Brasil e iniciou a carreira em um projeto social, passou anos fora do Brasil, incluindo um período na Europa, e retornou a Mato Grosso com a missão de "dar oportunidades a quem não tem". Segundo ele, o foco vai além do rendimento esportivo: “O mais importante é formar cidadãos, criar referências para crianças, adolescentes e até adultos”, destaca.
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