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A Comunidade São Pedro Apóstolo, do bairro Dom Aquino, em Cuiabá, vive um momento de profunda emoção e alegria neste sábado (5), com a realização da tradicional festa em honra ao padroeiro, encerrando uma programação intensa que mobilizou festeiros, moradores, frequentadores e visitantes durante três semanas. Este ano, a festa tem um sabor ainda mais especial: a comunidade completa 40 anos de história em novembro, marcando décadas de fé, luta e união.  

A expectativa é grande com a presença de toda comunidade na procissão, que sairá às 18h30 pelas ruas do bairro, promete ser um momento de fé compartilhada, seguida pela missa solene às 19h, culminando com a quermesse, onde alegria, música, comidas típicas e encontros de gerações celebrarão São Pedro.  

A coordenadora da igreja, Hérika Fernanda Santiago de Presbíteris, emocionada, destacou as graças recebidas durante as semanas de preparação, com novena, saídas da bandeira, reza do terço, tríduo de missas e o tradicional levantamento do mastro. “Esses momentos uniram ainda mais nossa comunidade, trazendo bênçãos e fortalecendo os laços que nos tornam uma verdadeira família de fé”, disse.   Hérika reforçou a importância da união que caracteriza a comunidade de São Pedro, lembrando que toda a celebração só é possível graças ao esforço coletivo, com doações de alimentos, recursos financeiros e trabalho voluntário. “Nossa festa é feita com muito amor e dedicação de cada pessoa, que contribui para que possamos manter viva essa tradição tão importante. Convido todos para participarem desse grande momento, que começa com a procissão, seguida pela missa e nossa quermesse. Será um dia de bênçãos, alegria e gratidão a São Pedro. Que todos se sintam acolhidos!”, completou a coordenadora.  

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História

A trajetória da Comunidade São Pedro Apóstolo teve início em 10 de novembro de 1984, data que marcou a entrega oficial da igreja à comunidade. Nesse dia, as chaves foram entregues simbolicamente ao grupo de jovens coordenado por Marcos Camargo, então com apenas 16 anos. “Padre Mário Panziera foi o responsável pela construção de várias comunidades, incluindo São Pedro.

Na época, as missas eram raras, chegando a demorar até dois meses, e os ministros eram essenciais para manter a fé viva”, relembrou Marcos, hoje tesoureiro da comunidade.   Sem salão ou estrutura inicial, as reuniões e encontros eram realizados dentro da própria igreja. Com o tempo, a comunidade conseguiu ampliar o espaço com a construção de um salão, cuja estrutura foi doada pelo então senador Jonas Pinheiro. O primeiro muro da igreja contou com o apoio de fiéis.

O primeiro som aparelho 3 em 1, foi conseguido com o prefeito da época, Anildo Lima Barros. Nessa época foi colocada uma corneta no topo da igreja, onde todos os dias às 18 horas tocava via disco de vinil, a hora da Ave Maria.  

Tradição e futuro

Desde o ano 2000, a escolha de festeiros, reis e rainhas passou a ser organizada de forma sistemática, para dividir responsabilidades entre as famílias e manter viva a tradição.  

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Marcos destaca que a comunidade trabalha atualmente para iniciar a construção de uma nova fachada para a igreja, que inclui a ampliação da área do dízimo, nova sacristia e uma torre de 14 metros. No entanto, dificuldades com a documentação fundiária do bairro, onde muitos moradores possuem apenas títulos de posse, têm atrasado o início das obras. “Com fé, vamos superar essa etapa e dar início à construção da torre, que será nosso primeiro passo”, afirmou.  

Atualmente, a comunidade conta com catequese, grupo de crisma, equipe do terço nas casas, Legião de Maria, romarias anuais para Aparecida do Norte, grupos de oração às quintas-feiras, pastoral do dízimo, pastoral social e equipe de música, todas acompanhadas pelos padres salesianos da Paróquia São Gonçalo.

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