Segundo o Tenente Coronel Heitor Alves de Souza, do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, confirmou na manhã desta terça-feira (14) que a empresa Canaã Recicláveis, destruída por um incêndio de grandes proporções no bairro Coophamil, em Cuiabá, estava operando com o alvará vencido. O documento estava em processo de renovação e a vistoria mais recente, realizada em agosto, apontou a necessidade de pequenos ajustes estruturais, como a instalação de corrimãos e placas de sinalização.
“A empresa teve o projeto aprovado desde 2007, e já foi regularizada várias vezes. Neste ano, durante o processo de renovação, a vistoria indicou que precisava atualizar o projeto devido à ampliação do galpão e corrigir alguns detalhes. Tecnicamente, o alvará estava vencido, mas a estrutura não estava fora da legislação”, explicou o tenente.
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Segundo o militar, as pendências identificadas não estavam relacionadas diretamente à prevenção contra incêndios. Ele reforçou que os sistemas de segurança estavam em conformidade com as exigências e que os ajustes solicitados tinham caráter técnico e burocrático.
“Essas exigências não impediriam o combate a incêndio nem diminuiriam os danos. Eram adequações normais de processo. A empresa estava cerca de 90% regularizada”, afirmou.
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Mesmo após o controle das chamas, os bombeiros continuaram atuando no local ao longo desta terça-feira. De acordo com o tenente Heitor, ainda existem pequenos focos de fogo sob os entulhos, e o trabalho de rescaldo segue com apoio de maquinários cedidos pela própria empresa.
“Encontramos dois focos ativos. Estamos utilizando o maquinário para retirar tambores e materiais acumulados, o que facilita o acesso e o combate direto. A situação está controlada, sem risco de propagação”, detalhou.
A área permanece isolada por segurança, e o Corpo de Bombeiros orientou que funcionários e representantes da empresa não entrem no local até o término do resfriamento e da inspeção final.
“O fogo atingiu praticamente toda a edificação. Há risco de desabamento de parte da estrutura metálica, por isso o isolamento é necessário”, acrescentou o oficial.
O incêndio começou na noite de segunda-feira (13) e exigiu um grande esforço operacional. Foram mobilizadas 11 viaturas e mais de 30 bombeiros, com o uso de cerca de 200 mil litros de água no combate às chamas. As causas ainda serão apuradas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), acionada pela Polícia Civil.
Apesar da destruição, não houve feridos e o fogo não se espalhou para imóveis vizinhos.
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