O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), afirmou nesta quinta-feira (15) que o governo trabalha para conter rapidamente o primeiro foco de gripe aviária registrado em uma granja comercial no Brasil. A expectativa, segundo ele, é de que a situação seja controlada em até 28 dias, apesar do decreto de emergência zoossanitária ter validade de 60 dias.
O caso foi confirmado em uma granja no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. O local foi isolado e as medidas de contenção já estão em andamento.
Fávaro enfatizou que, apesar do alerta sanitário, não há motivo para pânico, pois as medidas de contenção foram prontamente acionadas e o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro.
"É fundamental esclarecer à população que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos. O Brasil possui um controle sanitário extremamente rigoroso para produtos de origem avícola inspecionados, garantindo que não há risco ao ser humano", destacou o ministro.
Fávaro informou que o governo decretou estado de emergência zoossanitária especificamente para o município gaúcho e que o protocolo de erradicação do foco já está em andamento. Ele ressaltou o compromisso com a transparência e agilidade nas ações, visando conter a disseminação do vírus e restabelecer a normalidade na região em um prazo estimado de até 60 dias.
"Decretamos o estado de emergência sanitária para este município. As providências de contenção e erradicação do foco já estão em curso", declarou.
O local da granja infectada foi isolado e, conforme previsto pelos protocolos internacionais, as aves serão sacrificadas. "Naturalmente, com a gravidade do vírus, praticamente todos os animais da granja já morreram. Ainda assim, faremos a higienização completa e impediremos que qualquer material saia dessa área", detalhou.
O ministro explicou que, embora o decreto de emergência tenha vigência de 60 dias, tecnicamente, o foco pode ser completamente higienizado em até 28 dias. "Vamos rapidamente fazer a higienização e o bloqueio dessa região para que o foco não se espalhe. Por isso, a volta à normalidade deve acontecer mais rápido do que imaginamos", afirmou.
O surgimento do vírus em uma granja comercial era um risco já antecipado pelas autoridades sanitárias, que monitoram a gripe aviária no país desde os primeiros registros em aves silvestres, há cerca de dois anos.
"Este vírus circula pelo mundo desde 2006. O Brasil era o único grande exportador de frango que ainda não havia registrado caso em granjas comerciais. Sabíamos que era uma questão de tempo. Por isso, reforçamos protocolos, revisamos acordos com parceiros como o Japão e nos preparamos para responder com eficiência", explicou Fávaro.
Ele lembrou que, desde 2006, o Brasil se mantinha livre da gripe aviária em estabelecimentos comerciais, com ocorrências limitadas a aves silvestres e de subsistência.
Apesar da confirmação, o país continua adotando medidas rigorosas para preservar a produção avícola nacional e garantir o abastecimento de alimentos. Sobre a reação dos parceiros comerciais, Fávaro afirmou que, por meio da transparência e da aplicação estrita dos protocolos sanitários, o Brasil busca manter a confiança dos mercados internacionais, citando como exemplos Japão, Emirados Árabes, Arábia Saudita e China.
"Revisamos recentemente os protocolos com o Japão, que é responsável por uma parcela significativa das importações de carne de frango brasileira. Vamos trabalhar com muita dedicação para garantir que os fluxos comerciais voltem à normalidade o quanto antes", garantiu o ministro. Ele assegurou que o caso está isolado e sendo tratado com máxima prioridade.
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