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Cidades Terça-feira, 29 de Julho de 2025, 17:50 - A | A

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Terça-feira, 29 de Julho de 2025, 17h:50 - A | A

LEVOU MT NA BAGAGEM

HNT TV: Filha de ex-cortador de cana rompe ciclo de pobreza e representa Brasil na ONU

A bacharel em Direito, Clara Vaz, é ativista e ressignificou sua trajetória por meio da educação e sonha em trabalhar com o letramento social de jovens nas 142 cidades do estado

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

A bacharel em Direito mato-grossense, Clara Vaz, de 25 anos, representou o Brasil na Conferência Internacional da Juventude pelos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos (EUA). Natural de Araputanga (352 km de Cuiabá), Clara, que é filha de ex-cortadores de cana-de-açúcar, rompeu o ciclo de pobreza por meio da educação e compartilhou com o HNT TV Entrevista que sonha em trabalhar com o letramento social de jovens nas 142 cidades do estado. 

Clara casou aos 17 anos e engravidou aos 19 anos, quando já cursava Direito na Universidade de Cuiabá (Unic) onde atualmente é professora. A falta de dinheiro para custear a vida na Capital e a gravidez foram ressignificadas como motivos para não desistir.

Existe uma força muito grande na juventude da periferia

Em meio a esse contexto de vulnerabilidade, ela se viu presa a um relacionamento abusivo e pediu o divórcio. Sem rede de apoio, foi ajudada por colegas da faculdade e encorajada pelos pais que acompanhavam os passos da filha à distância. 

Com lágrimas nos olhos, Clara afirmou que as dificuldades a moldaram para superar. "Existe uma força muito grande na juventude da periferia", disse a ativista ao podcast

Concomitante ao curso de Direito, ela foi acumulando especializações e atua no segmento do Direito Coletivo Difuso, família e sucessões, direitos humanos, liderança de equipes e alta performance. Ela se divide entre três empregos - um deles como professora acadêmica - e desempenha o quarto turno como mãe do pequeno Benjamin de 5 anos.

DELEGADA DO BRASIL NA ONU 

A primeira vez de Clara na ONU foi em 2017, quando era aluna do 3º Ano do Ensino Médio no Escola Estadual Zélia da Costa Almeida, no Residencial Coxipó, onde ensinava jovens sobre Declaração Universal dos Direitos Humanos por meio do projeto 'Restaurando Vidas'. À época, seu professor de História, Yuri Chaya Piraccini, foi o responsável por conectá-la com a equipe da Youth for Human Rights. 

É uma conferência para fazer discussões de temas em alta de acordo com o cenário das 193 nações envolvidas

O projeto foi interrompido durante o curso de Direito e retomado em 2024 após sua formação. "Fiz uma versão 2.0 'Ativando jovens para os direitos humanos' e com esse projeto de ensinar e educar, ano passado, fui para a ONU e esse ano fui novamente convidada", falou Clara. 

Em 2025, a mato-grossense foi com delegada sênior do Brasil em painéis que tinham a educação pela paz como tema central.

"É uma conferência para fazer discussões de temas em alta de acordo com o cenário das 193 nações envolvidas", explicou. 

Para Clara, a conferência também é uma oportunidade de divulgar a cultura mato-grossense. "É muito incrível poder ir e falar um pouco mais da cultura mato-grossense porque fora do Brasil as nações têm uma perspectiva diferente. Aí você vai e fala de Mato Grosso, Pantanal, de Chapada dos Guimarães, das nossas cachoeiras e eles ficam impressionados. É uma maneira da gente mostrar nossas riquezas enquanto Centro Oeste, falar um pouquinho da gente", concluiu. 

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