Suellen Alencastro, mãe de Heloysa Maria Alencastro, de 16 anos, que foi encontrada morta em um poço no bairro Ribeirão do Lipa no dia 22 de abril, contou detalhes sobre a ajuda do prefeito Abilio Brunini (PL) durante todo o momento de aflição sofrido por ela até descobrir que sua filha estava sem vida. Ela deu entrevista ao programa SBT Comunidade nesta sexta-feira (9).
A mãe destacou que o prefeito foi bastante prestativo e que foi ele quem a convenceu a procurar uma unidade de saúde, por estar muito machucada. Suellen admitiu que inicialmente relutou em sair de casa, acreditando que sua filha voltaria. “Eu falei para ele que não ia sair dali e ir embora. Acreditava que minha filha voltaria”, afirmou.
A mãe também revelou que o prefeito questionou se ela confiava nele, ao que ela respondeu que sim. Com essa confiança, decidiu ir até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Jardim Leblon. Durante a conversa, Suellen contou que Abilio garantiu estar à frente das investigações, afirmando que tinha conversado com o secretário de Segurança Pública e que todo o policiamento estava empenhado em encontrar sua filha. “Questionei o prefeito: ‘Você me promete?’ Ele respondeu que sim”, relatou.
Na ida para a UPA, o prefeito sugeriu que ela acompanhasse o Benedito, o que Suellen recusou. “Ele perguntou por quê. Olhei em seus olhos e disse que não podia falar. Ele respondeu: ‘Já entendi’”, lembrou. Suellen também relatou que se sentiu mais segura ao saber da garantia do prefeito da companhia de dois policiais civis. “Ele disse: ‘Vou atrás, com dois policiais civis. Você não vai sozinha com ele, vai com alguém. Você confia em mim?’ Eu respondi que confiava. Então, ele falou: ‘Então, vamos’”, contou.
No entanto, ao chegar à UPA, a desconfiança de Suellen aumentou. Ela relata que, antes de sair, ele chegou até a porta e disse: “Su, estou indo para a delegacia.” Ela respondeu: “Vai para o inferno.” Essa foi a última frase que trocou com ele.
Questionada sobre sua desconfiança, Suellen destacou a frieza do ex-companheiro. “A frieza dele. Eu imaginava que ele tinha feito aquilo para me bater, como uma forma de não aceitar o fim do relacionamento. Ele dizia: ‘Se você não é minha, não vai ser de mais ninguém’”, concluiu.
RELEMBRE O CASO
Benedito Anunciação de Santana, ex-servidor público, e seu filho Gustavo Benedito Junior Lara de Santana, de 18 anos, foram indiciados por feminicídio, roubo majorado, extorsão majorada, lesão corporal no âmbito doméstico e ocultação de cadáver. Além deles, dois adolescentes de 16 e 17 anos foram apreendidos por participação. A perícia revelou que Heloysa foi morta por asfixia mecânica, após ser enforcada com um cabo USB, e apresentava múltiplas escoriações e roupas rasgadas.
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