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Cidades Quinta-feira, 24 de Julho de 2025, 11:07 - A | A

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Quinta-feira, 24 de Julho de 2025, 11h:07 - A | A

VIOLÊNCIA NO CAMPUS

Suposto homicídio na UFMT expõe sensação de insegurança entre estudantes; veja vídeos

Universitária relata abandono, escuridão e falhas na segurança do campus

MARICELLE LIMA E SABRINA VENTRESQUI
DA REDAÇÃO

A estudante de Jornalismo Nathaly Cristina expressou sua indignação e preocupação após o corpo de uma mulher ser encontrado sem vida e com sinais de esganadura na manhã desta quarta-feira (24), em uma área desativada da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá. O caso aconteceu em frente à Casa dos Estudantes (CEU), onde vivem dezenas de universitários.  

Para Nathaly, o crime causou um impacto profundo, mas não foi inesperado, diante da situação de abandono e vulnerabilidade que ela e outros estudantes já vinham denunciando. “Foi um choque, mas não uma surpresa. A gente já esperava que, diante de tantos descasos, isso poderia acontecer a qualquer momento. Não me surpreende, mas me deixa ainda mais aflita”, afirmou.  

A estudante relatou que, em situações de emergência, os agentes de segurança do campus alegam ser apenas “patrimoniais”, ou seja, responsáveis pela proteção de bens materiais. “Eles dizem que estão ali para proteger prédios, câmeras e computadores, mas não a gente, que está no meio disso tudo”.  

Ela também denunciou problemas estruturais, como portões de acesso que fecham cedo, obrigando estudantes a darem voltas perigosas no escuro ou até passarem por buracos em muros para chegar em casa. “Já precisei entrar por um buraco porque o portão estava fechado e era tarde. Eu estava do lado da minha casa e não fazia sentido dar uma volta imensa no escuro”.  

A universitária ressaltou que a falta de iluminação e o abandono de áreas do campus favorecem situações de violência. “À noite, essa parte do campus é um breu. Já vi usuários de drogas aqui durante o dia, e à noite o risco é ainda maior. A nova reitoria tem feito melhorias na iluminação, mas ainda está longe de ser suficiente”.  

Ela reconhece que há projetos em andamento, como o cercamento da Casa dos Estudantes, mas acredita que isso não resolve o problema estrutural. “Cercar pode até ajudar, mas não adianta cercar um espaço se a gente não é ouvido. Precisamos ser vistos como pessoas em risco, não como invisíveis”.  

Ao ser questionada sobre qual seria a solução, Nathaly foi direta: “Segurança é mais do que patrulha. É escuta, é diálogo, é mudança coletiva. A gente precisa ser ouvido de verdade e ver ações concretas. Isso afeta nosso desempenho, nossa saúde mental. A cada dia ficamos mais tensas, mais preocupadas. E, infelizmente, o medo virou rotina aqui dentro”.  

A Polícia Civil investiga o caso como homicídio com possível violência sexual, e o corpo da vítima ainda não foi identificado. O suposto crime reacendeu o debate sobre a precariedade da segurança na UFMT e a vulnerabilidade dos estudantes, principalmente das mulheres que vivem ou transitam pelo campus.  

OUTRO LADO  

A UFMT emitiu nota sobre o ocorrido:  

Trabalhadores da segurança da UFMT encontraram, por volta das 7h desta quinta-feira, uma mulher morta em uma área desativada do Campus de Cuiabá.   Imediatamente a Polícia Militar foi contactada e, em seguida, o Samu, que constatou a morte. A Polícia Civil investigará o caso.  

A Universidade reitera que tem investido em diferentes iniciativas e parcerias para ampliar a segurança nos Câmpus, incluindo a instalação de mais de 200 luminárias novas, adesão ao programa Vigia Mais e intensificação das rondas internas.  

Não há até o momento indícios de que a vítima seja da comunidade acadêmica. Ela foi encontrada na sede da antiga associação Master, próximo da avenida Arquimedes Pereira Lima.  

A UFMT está colaborando com a polícia para esclarecer o caso.    

VEJA VÍDEO:

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