"Desde 2020, o PIB per capita dessas economias encolheu, em média, 1,8% ao ano", enquanto outros países em desenvolvimento cresceram 2,9% ao ano, aponta o comunicado. Em 2025, cerca de 421 milhões de pessoas vivem com menos de US$ 3 por dia nessas regiões, mais do que no resto do mundo somado. Até 2030, a estimativa é que esse número chegue a 435 milhões, ou quase 60% de toda a população em extrema pobreza do planeta.
O economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, afirmou que, embora a atenção global esteja voltada para guerras como as da Ucrânia e do Oriente Médio, "mais de 70% das pessoas que sofrem com conflitos e instabilidade são africanas". Ele alertou ainda que "a miséria nessa escala é inevitavelmente contagiosa".
O relatório também destaca que, em países em desenvolvimento de forma geral, a taxa de pobreza extrema está abaixo de 10%, mas, entre as nações afetadas por instabilidade, o índice é de quase 40%. "A estagnação econômica, e não o crescimento, tem sido a norma nessas economias nos últimos 15 anos", disse Ayhan Kose, vice-economista-chefe do Banco Mundial.
Com indicadores de vida deteriorados, a média de expectativa de vida nesses países é de 64 anos, sete a menos do que a de outros países em desenvolvimento. A mortalidade infantil é mais que o dobro. E a insegurança alimentar aguda atinge 18% da população, uma proporção 18 vezes maior que a média global.
(Com Agência Estado)
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