Apesar do crescimento, a entidade destaca que houve, "pela primeira vez na história do setor", uma desaceleração na adição de nova capacidade. No ano anterior, foram acrescidos 4,8 GW de potência, com a instalação de 123 usinas. Em 2024, foram 3,3 GW, provenientes de 76 parques eólicos.
Em termos financeiros, a Abeeólica aponta que o volume de investimentos no setor chegou a R$ 10,1 bilhões em 2024, respondendo por 8% dos investimentos realizados em energias renováveis no País, no menor porcentual de representatividade desde 2015, segundo levantamento da BNEF, reproduzido pela associação. Esta análise inclui, além da fonte eólica, a solar, a biomassa e os resíduos, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), os biocombustíveis, entre outros.
A presidente da Abeeólica, Élbia Gannoum, definiu 2024 como "o mais difícil da história dessa indústria". No documento, ela lembra que desde o final de 2023 o setor percebeu a crise na indústria, devido à redução dos contratos, com efeitos que ainda deve ser sentidos, tendo em vista que o ciclo de contratação à operação no segmento é de três anos.
Embora indique que a crise ainda não passou, a dirigente aponta para uma perspectiva mais positiva à frente. "A mudança de rota no Brasil em direção ao engajamento global na luta contra as mudanças climáticas e a necessária transição energética nos traz perspectivas favoráveis no médio e longo prazo", escreveu no documento.
A despeito da desaceleração, o Brasil subiu uma posição no ranking global de capacidade total instalada em energia eólica onshore e alcançou o quinto lugar em 2024, atrás de China, com 478,8 GW; EUA (154,1 GW), Alemanha (63,7 GW) e Índia (48,2 GW). Em todo o mundo, a capacidade da fonte eólica soma 1.052 GW. Somente no ano passado foram acrescidos 109 GW.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.