O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, vindo de máximas históricas, fechou abaixo dos 140 mil pontos, aos 139,4 mil pontos, com recuo de 1,26%. O dólar à vista, que estava nos menores níveis em mais de um ano, subiu 0,98%, para R$ 5,47. "As decisões tarifárias de Trump prevaleceram em um início de semana com agenda esvaziada", disse Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
Para o economista da corretora Monte Bravo Luciano Costa, porém, é preciso avaliar "quais vão ser, no final das contas, as tarifas efetivas e quanto isso vai impactar na inflação e na trajetória dos juros pelo Federal Reserve (o BC americano)". "Mas a reação inicial é de aumento da incerteza e vendas (de ações) nas Bolsas e de moedas emergentes."
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Do anúncio feito ontem por Trump, analistas afirmaram que a imposição de tarifas a Japão e Coreia do Sul foi o que mais surpreendeu, já que se tratam de dois aliados históricos dos EUA. Em 2018, Trump fechou um acordo de livre-comércio com os coreanos. No ano seguinte, o republicano assinou um acordo com Tóquio que incluía produtos agrícolas e comércio digital, que na época ele chamou de "enorme vitória para os agricultores, pecuaristas e produtores dos Estados Unidos".
Wendy Cutler, vice-presidente do Instituto de Políticas da Sociedade Asiática, que anteriormente trabalhou no escritório do Representante Comercial dos EUA, classificou o tarifaço sobre Japão e a Coreia do Sul como "infeliz". "Ambos (os países) têm sido parceiros próximos em questões de segurança econômica e têm muito a oferecer aos EUA em assuntos prioritários como construção naval, semicondutores, minerais essenciais e cooperação energética", disse Cutler.
No ano passado, os Estados Unidos registraram um déficit comercial de US$ 69,4 bilhões em bens com o Japão e de US$ 66 bilhões com a Coreia do Sul, de acordo com o governo dos EUA.
"Não vejo uma grande escalada ou um retrocesso. É apenas mais do mesmo", disse Scott Lincicome, vice-presidente do Cato Institute, um think tank libertário. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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