O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a restituição de R$ 14,48 bloqueados da conta de Danuzia Gomes da Silva no âmbito da Operação Infiltrados, que investigou lavagem de dinheiro para o Comando Vermelho (CV) e que resultou na cassação do mandato de vereador de Ary Campos (PT) em Rondonópolis (200 km de Cuiabá). A decisão é desta quarta-feira (29).
Danuzia é esposa Glewton Thiago Cordeiro, o ‘Montanha’, que foi preso na operação por ser ‘lojista’ do CV. Ela também foi presa em dezembro de 2024 com 378 gramas de maconha, dinheiro vivo e uma moto roubada.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) se manifestou pela restituição dos valores ínfimos bloqueados, R$ 1,27 e R$ 13,21, porque ela não foi indiciada nem denunciada no processo apesar da suspeita inicial de envolvimento.
Ao analisar o caso, o magistrado afirmou que não havia justificativa para manter a constrição patrimonial, determinando a liberação imediata do montante. Danuzia deverá apresentar seus dados bancários em até cinco dias para receber os valores.
“Conforme apontado pelo Ministério Público, a investigada Danuzia Gomes da Silva não foi indiciada nem denunciada na ação penal, embora tenha sido alvo de bloqueio de valores nesta cautelar. Assim, não subsistem motivos para a manutenção da constrição sobre seus bens, impondo-se a liberação dos valores bloqueados em seu nome” finalizou o magistrado.
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OPERAÇÃO INFILTRADOS
A Operação Infiltrados foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis expôs, em setembro de 2024, um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que operava sob a fachada de uma associação comunitária.
Ao todo, foram cumpridas 73 ordens judiciais, incluindo 26 mandados de prisão preventiva, 34 de busca e apreensão e 13 medidas cautelares diversas. A investigação identificou 43 pessoas envolvidas com a organização criminosa, que atuava principalmente na região da Vila Operária, abrangendo 21 bairros.
Segundo a Polícia Civil, o grupo utilizava a Associação dos Familiares e Amigos de Recuperandos de Rondonópolis (Afar) como fachada para movimentar recursos ilícitos e promover o tráfico de entorpecentes. A presidente da entidade foi presa, e bens ligados à associação foram bloqueados por ordem judicial.
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