A Justiça converteu em preventiva a prisão de Jeanne de Almeida, que confessou ter ateado fogo e carbonizado o próprio companheiro, Deivison José da Silva, de 33 anos, nesta terça-feira (7). Ela foi encaminhada à Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, onde passará por exames para identificar uma possível gestação.
O crime aconteceu na manhã de terça, no bairro Nossa Senhora da Guia, em Várzea Grande. À polícia, Jeanne relatou que ficou com 'ódio' da vítima depois que Deivison falou que ela era um 'passatempo' e que gostava da ex-companheira.
O casal havia se conhecido em Tangará da Serra (217 km de Cuiabá) há três meses e decidiu morar junto. Deivison trabalhava como jardineiro e fazia uso de bebida alcoólica, remédios controlados e crack. A mulher também consumia álcool e usava maconha.
Segundo relatou a mulher, a convivência com o marido era boa quando suas filhas estavam na casa. Contudo, ele era muito ciumento e em várias ocasiões agredia a mulher por qualquer motivo, com socos e tapas, e já chegou de ameaçá-la com uma faca.
Jeanne relatou que, nos últimos dias, Deivison estava revoltado em razão de um acidente sofrido pela irmã dele no dia 1° de maio, que já estava com morte encefálica e os aparelhos que a mantinha viva seriam desligados nesta terça. Por esta razão, na segunda-feira, Deivison não trabalhou e chegou em casa às 18h, bêbado e com uma garrafa de corote.
Já na casa, ele começou a beber o corote e tomar remédios controlados. A mulher contou que começou beber com ele. Durante a bebeira, ele saiu várias vezes para comprar crack e também usar o entorpecente.
Em determinado momento, a mulher foi dormir e, sem motivo nenhum, o homem teria colocado fogo no colchão em que ela estava deitada e tracou a porta do quarto. Na sequência, ele atendeu aos pedidos desesperados de Jeanne e abriu a porta. Foi então que ele teria dito a ela que ela era um 'passatempo'.
A mulher resolveu se vingar e fez a mesma coisa que o marido supostamente fez momentos antes. Deivison morreu carbonizado.
Jeanne é mãe de dois filhos. Uma das crianças com a mãe de Jeanne, já a outra está sob cuidados do pai.
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