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Mundo Terça-feira, 09 de Setembro de 2025, 18:00 - A | A

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Terça-feira, 09 de Setembro de 2025, 18h:00 - A | A

Hamas diz que seus principais líderes sobreviveram a ataque de Israel a sua sede no Catar

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O grupo terrorista Hamas afirmou, nesta terça-feira, 9, que seis pessoas morreram nos bombardeios israelenses em Doha, mas seus principais líderes sobreviveram à ofensiva. Israel atacou a sede da liderança política do Hamas na capital do Catar, enquanto as principais figuras do grupo se reuniam para analisar uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

O Hamas afirmou em um comunicado que "o inimigo não conseguiu assassinar os membros da delegação encarregada das negociações". Contudo, cinco membros de escalão inferior foram mortos, incluindo o filho de Khalil al-Hayya - líder do Hamas em Gaza e seu principal negociador -, três guarda-costas e o chefe do gabinete de al-Hayya.

O grupo terrorista palestino, que às vezes só confirma o assassinato de seus líderes meses depois, não ofereceu provas imediatas de que al-Hayya e outras figuras importantes tenham sobrevivido. Um membro da Força de Segurança Interna do Catar também foi morto e outros ficaram feridos, informou o Ministério do Interior do Catar.

O ataque ao território de um aliado dos EUA marcou uma escalada inédita e colocou em risco as negociações que visavam encerrar a guerra e libertar reféns.

O Catar condenou o que chamou de "flagrante violação de todas as leis e normas internacionais" enquanto a fumaça subia sobre sua capital, Doha. O país do Golfo rico em energia e que abriga milhares de tropas americanas serviu como mediador fundamental entre Israel e o Hamas ao longo dos 23 meses de guerra e até mesmo em conflitos anteriores.

Outros aliados importantes dos EUA no Golfo, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, prometeram apoio ao Catar. Já os Estados Unidos afirmaram que Israel os alertou antes do ataque. Mas autoridades americanas buscaram distanciar o país da ofensiva.

A Casa Branca disse que o presidente Donald Trump acredita que o ataque foi um "incidente lamentável" que não contribuiu para a paz na região. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, disse que Trump conversou com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e "deixou suas preocupações bem claras".

Ela também disse a repórteres que o enviado para o Oriente Médio, Steve Witkoff, repassou um alerta aos catarianos. Mas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, ridicularizou o alerta, afirmando em uma publicação no X que ele veio justamente quando "as explosões dos ataques israelenses estavam sendo ouvidas".

O Hamas sobreviveu a inúmeros assassinatos de líderes importantes e ainda demonstra certa coesão em Gaza, apesar de ter sofrido grandes golpes na campanha israelense, desencadeada pelo ataque do grupo terrorista contra Israel em 7 de outubro de 2023.

A ofensiva ameaça inviabilizar as negociações de cessar-fogo, há muito paralisadas e cada vez mais incertas, à medida que Israel se prepara para uma grande ofensiva com o objetivo de tomar a Cidade de Gaza. Essa escalada foi recebida com forte condenação internacional e oposição dentro de Israel, por aqueles que temem que ela condene os reféns restantes.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque, afirmando que "todas as partes devem trabalhar para alcançar um cessar-fogo permanente, não para destruí-lo".

Imagens de câmeras de segurança veiculadas pela Al Jazeera mostraram que o ataque ocorreu no bairro diplomático de Doha, em uma série de prédios que abrigavam a ala política do Hamas. Uma autoridade egípcia disse que a ofensiva ocorreu quando uma reunião de autoridades do Hamas sobre as negociações havia sido agendada para o local. A autoridade falou sob condição de anonimato, pois não estava autorizada a falar com repórteres.

Israel há muito tempo ameaça atacar os líderes do Hamas onde quer que estejam. Embora tenha frequentemente acolhido o papel do Catar como mediador, juntamente com o Egito, também acusou o país do Golfo de não pressionar o grupo o suficiente.

Ao contrário de operações israelenses anteriores contra combatentes de alto escalão no exterior, Netanyahu foi rápido em reivindicar publicamente o ataque, afirmando: "Israel iniciou, Israel conduziu e Israel assume total responsabilidade."

Ele disse que a decisão foi tomada na segunda-feira, 8, após um ataque a tiros em Jerusalém que matou seis pessoas e um ataque contra forças israelenses em Gaza que matou quatro soldados.

O exército israelense afirmou ter usado "munições precisas e inteligência adicional" no ataque, sem dar mais detalhes. Não ficou imediatamente claro como a ofensiva foi realizada.

O Hamas afirmou que o ataque mostrou que Netanyahu e seu governo "não querem chegar a nenhum acordo e estão deliberadamente buscando frustrar todas as oportunidades". O grupo terrorista também responsabilizou os Estados Unidos pelo ataque.

O Egito, outro mediador importante do Hamas, condenou a ofensiva, afirmando que ela tinha como alvo líderes palestinos que se reuniram "para discutir maneiras de chegar a um acordo de cessar-fogo" e que foi um "ataque direto" à soberania do Catar.

Em Israel, o principal grupo que representa as famílias dos reféns expressou "profunda preocupação e grande medo" após o ataque. "A perspectiva de seu retorno agora enfrenta uma incerteza maior do que nunca, com uma coisa absolutamente certa: seu tempo está se esgotando", afirmou o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas em um comunicado.

Enav Zangauker, cujo filho Matan é considerado um dos reféns vivos, disse estar "tremendo de medo".

(com agências internacionais)

(Com Agência Estado)

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