Ele se passou por jardineiro para se aproximar do grupo, que realizava sua manifestação semanal pela libertação de reféns israelenses em Gaza, e planejava matar a todos com coquetéis molotov, disseram as autoridades.
No entanto, teria desistido parcialmente do plano. Soliman disse aos investigadores que tinha gasolina em um pulverizador de mochila, mas que não usou em ninguém além de si mesmo "porque planejava morrer". A polícia recuperou 16 coquetéis molotov não utilizados depois do ataque, no domingo.
"Ele disse que precisava fazer aquilo, que deveria fazer, e que não se perdoaria se não fizesse", escreveu a polícia em um depoimento juramentado, acrescentando que Soliman não executou o plano completo "porque ficou com medo e nunca havia machucado ninguém antes".
Ele planejou o ataque por mais de um ano e mirou especificamente o que descreveu como "grupo sionista", disseram as autoridades em documentos judiciais.
Promotores federais e estaduais apresentaram ações criminais separados contra Soliman, acusando-o, respectivamente, de crime de ódio e tentativa de assassinato. Ele enfrenta ainda acusações estaduais relacionadas aos dispositivos incendiários.
Nas redes sociais, o presidente Donald Trump escreveu, em letras maiúsculas, que o ataque "NÃO SERÁ TOLERADO" e culpou o antecessor Joe Biden. Ele alegou que o acusado entrou nos Estados Unidos "graças à ridícula política de fronteiras abertas de Biden" e que este é "um exemplo de por que devemos manter nossas fronteiras SEGURAS".
Nascido no Egito, Soliman entrou nos Estados Unidos em agosto de 2022 com um visto que expirou em fevereiro do ano seguinte, de acordo com o Departamento de Segurança Interna. Antes que o visto expirasse, ele entrou com pedido de asilo.
Soliman vive em Colorado Springs com sua esposa e cinco filhos, de acordo com a denúncia. Ele trabalhava como motorista de transporte por aplicativo e não tinha registro de comportamentos preocupantes até o ataque.
A casa do acusado fica em uma rua tranquila. Jimmy Prewitt, de 46 anos, mora no bairro e disse conhecer Soliman como um pai de família reservado. "Minha filha brincava com os filhos dele," contou.
Shameka Pruiett também conhecia Soliman e sua esposa como vizinhos gentis, com três crianças pequenas e dois adolescentes que brincavam com seus filhos.
Outra vizinha, Kierra Johnson, disse que frequentemente ouvia gritos vindos do apartamento dele à noite e que certa vez chamou a polícia.
O ataque em Boulder ocorreu na véspera de Shavuot, um feriado de dois dias que celebra a entrega da Torá ao povo judeu no Monte Sinai. A organização Run for Their Lives disse em comunicado que sua caminhada foi "brutalmente interrompida por um ataque violento."
O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu classificou o ataque como terrorista e cruel, destacando que "foi contra pessoas pacíficas que queriam demonstrar solidariedade com os reféns mantidos pelo Hamas".
Há pouco mais de uma semana, um jovem casal que trabalhava para a embaixada de Israel em Washington foi morto a tiros próximo ao Museu Judaico da capital americana. O suspeito gritou "Palestina Livre" enquanto era levado pela polícia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
(Com Agência Estado)
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