O biomédico e sócio da empresa Bioseg, Igor Phelipe Gardes Ferraz, preso no âmbito da Operação Contraprova, da Polícia Civil, também atuava como assessor parlamentar no vereador por Cuiabá, Gustavo Padilha (PSB). Com o desdobramento da ação policial, ele foi exonerado nesta sexta-feira (15).
A Polícia Civil começou a investigar o laboratório em abril deste ano depois de receber uma denúncia anônima sobre as práticas irregulares da empresa.
As autoridades apuraram que o laboratório recebia e coletava amostras de material biológico, incluindo secreção de pacientes de home care, realizando ainda exames de covid-19, toxicológico e de doenças como sífilis, HIV e hepatites. Porém o laboratório não realizava os exames internamente nem enviava os materiais biológicos para outros laboratórios. As amostras coletadas dos pacientes eram descartadas sem qualquer análise e os resultados dos laudos eram falsificados por Igor.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram anotações milionárias e contratos entre a empresa, a Prefeitura de Cuiabá, Câmara Municipal e prefeituras do interior do Estado.
No entanto, conforme explicou o delegado Rogério Ferreira, isso não significa que esses vereadores tenham qualquer ligação com a farsa. A hipótese é de que a empresa prestava serviço para aqueles gabinetes.
Além das ordens judiciais de prisão e busca e apreensão, o laboratório também teve suas três unidades interditadas judicialmente e os contratos com o Poder Público suspensos. Os sócios também estão proibidos de contratarem órgãos públicos da União, Estados e Município. Igor ainda teve o registro suspenso.
O caso continua a ser investigado.
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