A Polícia Civil de Mato Grosso confirmou que foram encontradas amostras de sêmen no corpo e nas roupas da jovem de 21 anos que denunciou ter sido estuprada durante uma corrida de aplicativo, na noite de segunda-feira (20), em Várzea Grande. O material foi encaminhado à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que deve realizar o confronto genético com o DNA do mototaxista Daferson da Silva Nunes, encontrado morto um dia após a denúncia.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, da Delegacia da Mulher de Várzea Grande, a vítima foi acolhida logo após registrar o boletim de ocorrência e passou por exames médicos e coleta de provas. Ela também recebeu medida protetiva de urgência, uma vez que o suspeito conhecia o trajeto até a casa dela.
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“O exame preliminar apontou a presença de sêmen tanto nas roupas quanto no material biológico da vítima. Agora aguardamos o resultado do exame genético para confirmar a origem desse material”, informou a delegada.
“É importante ressaltar que o ritmo da investigação é técnico e científico, e não deve ser ditado pelas redes sociais”, completou.
O INÍCIO DO CASO
A jovem relatou à polícia que solicitou uma corrida de mototáxi por aplicativo, saindo do Shopping Estação, em Cuiabá, com destino ao bairro Paiaguás, em Várzea Grande. Durante o trajeto, o condutor teria mudado a rota e a levado para uma estrada de terra na região da Guarita, onde cometeu o estupro.
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Ela afirmou ainda que o agressor fez perguntas de cunho sexual durante o ato e a liberou logo em seguida. Em choque, procurou ajuda e registrou o boletim de ocorrência horas depois.
O caso foi inicialmente acompanhado pela Delegacia da Mulher de Várzea Grande, que colheu o depoimento da vítima e encaminhou as provas para análise laboratorial. Já na terça-feira (21), o nome e a foto do suspeito passaram a circular em grupos de WhatsApp, o que, segundo a Polícia Civil, levou a facção criminosa a planejar uma emboscada contra ele.
MORTE SOB INVESTIGAÇÃO
Na manhã seguinte, Daferson foi encontrado amarrado e executado com três tiros na cabeça em uma estrada vicinal no Distrito do Sucuri, em Cuiabá. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conduz a investigação sobre o assassinato, que, segundo o delegado Michel Paes, foi praticado por membros de uma facção que se autodenominava “justiceira”.
“Ele foi torturado por várias horas e morto de forma brutal. Esses criminosos se dizem justiceiros, mas são verdadeiros terroristas que impõem medo e destroem famílias”, declarou o delegado.
As duas investigações, o estupro e o homicídio, seguem em andamento de forma independente, e a Polícia Civil reforçou que apenas o laudo genético da Politec poderá confirmar ou descartar a participação de Daferson no crime sexual.
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