Câmara de Pedra Preta vota abertura de comissão processante contra Gilson da Agricultura nesta segunda

Reprodução/Secom Pedra Preta

A Câmara de Pedra Preta discute os pedidos de cassação contra Gilson da Agricultura

O presidente da Câmara de Pedra Preta (240 km da Capital), Laudir Martarello (PSB), afirmou ao HNT que os vereadores irão votar, na sessão desta segunda-feira (1º), os pedidos de abertura de comissão processante contra Gilson da Agricultura (União Brasil), que chamou a prefeita Iraci Ferreira (PSDB) de “cachorra viciada”. Conforme Laudir, foram protocoladas cinco denúncias, destas uma é da primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, e da deputada federal Gisela Simona (União Brasil). 

Laudir disse que a Câmara seguirá o rito e dará a chance de defesa ao vereador, mas acredita que Gilson não conseguirá evitar a cassação. Ainda de acordo com o presidente, o procedimento será rápido, sendo concluído em um mês.  

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"É 99% de certeza que os vereadores vão votar pela instauração da comissão processante. A fala dele foi muito ruim para a Câmara e não foi bem recebida. Ele soltou uma nota afirmando que não era aquilo que queria dizer, mas está gravado e contra falas, não há o que se justificar", declarou o presidente da Câmara à reportagem. 

Após aprovada a comissão, serão escolhidos os membros do grupo de trabalho. Um vereador será indicado à presidência, outro à relatoria e um ficará como membro. Caberá a comissão processante como vai se dar a investigação da denúncia por quebra de decoro, eles podem convocar as partes para oitivas, testemunhas ou somente os advogados das partes. 

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Reprodução/Secom Pedra Preta

A prefeita de Pedra Preta, Iraci Ferreira, foi chamada de "cachorra viciada" pelo vereador Gilson da Agricultura.

PEDIDO DE DESCULPAS

Pressionado pela repercussão e ameaça da perda do mandato, Gilson pediu desculpas à prefeita Iraci Ferreira. A retratação foi feita por meio de nota. O vereador reconheceu o erro após ser alvo de diversas manifestações de repúdio que, inclusive, recomendavam a sua cassação. 

"Reconheço que, caso minhas colocações tenham sido interpretadas de maneira diversa e tenham causado desconforto ou ofensa à prefeita, manifesto meu sincero pedido de desculpas, reafirmando meu respeito pela pessoa da prefeita e pelo cargo que ocupa", registrou o vereador.

ENTENDA O CASO

Gilson se exaltou durante a discussão sobre a aplicação de uma emenda de cerca de R$ 500 mil. O vereador defendia o uso dos recursos em obras de abastecimento de água na zona rural, enquanto, segundo ele, a prefeita defendia sua utilização em um evento popular. Em tom pejorativo, Gilson falou que a prefeita só visitava os assentamentos rurais para pedir voto, igual a uma "cachorra viciada". A fala do vereador é rotulada como violência política de gênero e repercutiu negativamente. 

VEJA VÍDEO

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MOÇÃO DE REPÚDIO

A Câmara de Cuiabá aprovou na última quinta-feira (28) moção de repúdio ao vereador Pedra Preta Gilson da Agricultura. O requerimento foi apresentado pela primeira-secretária da Mesa Diretora, Katiuscia Manteli (PSB). A moção recebeu 15 votos.  Katiuscia leu o pedido de desculpas apresentado pelo vereador, o qual classificou como uma piada. 

“Ninguém aceitará a sua nota. Não será aceita pela prefeita, não será aceita por vereadoras, não será aceita pelas mulheres de Mato Grosso. O seu pedido de desculpa, de ‘se eu te ofendi’, não será aceito. Sim, o senhor ofendeu. Ofendeu a prefeita Iraci e todas as mulheres que ocupam cargos públicos ou não em Mato Grosso”, falou Katiuscia.

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