Ontem, milhares de uruguaios se despediram de Mujica em um cortejo fúnebre que percorreu as ruas de Montevidéu - o caixão passou lentamente em uma carroça puxada por cavalos. "Obrigado, Pepe!", gritaram alguns. Outros choraram. Muitos carregavam faixas ou vestiam camisetas pretas com frases célebres do ex-presidente, como "No me voy, estoy llegando" (Não estou indo embora, estou chegando, em tradução livre). Das sacadas dos prédios, aplausos enquanto o cortejo passava.
O ex-guerrilheiro, que se tornou referência da esquerda latino-americana, morreu na terça-feira, 13, aos 89 anos, em decorrência de um câncer no esôfago. O corpo foi levado para o Congresso, onde está sendo realizado o velório aberto ao público. O governo decretou três dias de luto oficial.
Após pouco mais de 24 horas de velório público, Mujica terá seu último desejo atendido: será cremado e enterrado em sua chácara, em Rincón del Cerro, ao lado de sua cachorrinha, Manuela, fiel companheira de entrevistas, que morreu em 2018 aos 22 anos.
Reverência
A partida do "presidente mais pobre do mundo", como era frequentemente descrito em manchetes internacionais, desencadeou uma onda de mensagens de líderes latino-americanos e figuras da esquerda internacional.
Lula, seu grande amigo e aliado regional, destacou "sua grandeza humana" e fez questão de comparecer ao velório. "Pretendo ir ao enterro do Mujica porque acho que o mínimo que a gente tem de fazer é se despedir das pessoas que serviram de referência para a gente com demonstração de muita dignidade e de muito respeito", disse o presidente brasileiro, durante sua visita a Pequim.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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