O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou o fim do decreto de calamidade financeira durante a entrega do balanço de seis meses do mandato, nesta quinta-feira (9), ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). Porém, Abilio alertou que a contenção de gastos será mantida por, pelo menos, dois anos. Pressionado pelos conselheiros da Corte de Contas dos motivos pela não prorrogação do decreto, considerando a situação econômica do Executivo, o prefeito explicou que a medida engessa a gestão, inviabilizando ajustes emergenciais para cobrir gastos prejudicando, principalmente, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
"O decreto tem particularidades e essas particularidades de excesso de contensão prejudica o funcionamento de algumas secretarias, principalemnte, a da Saúde. Fizemos o fim do decreto permitindo algumas flexibildiades, contudo, o ajuste de contas, a contenção de gastos e o aperto que vamos passar ainda se dará por dois anos", ponderou Abilio Brunini durante a apresentação no auditório do TCE.
O relatório aponta como fatores críticos R$ 2,4 bilhões em dívidas herdadas da gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo os dados, durante o mandato do governador Mauro Mendes (União Brasil) enquanto prefeito da Capital, as dívidas a longo prazo eram de R$ 647 milhões e evoluíram para R$ 1,6 bilhão ao longo dos oito anos de Emanuel à frente do Palácio Alencastro.
Os precatórios são outro ponto crítico. Segundo o levantamente, em 2016, Cuiabá totaliza R$ 161 milhão de precatórios e Emanuel encerrou a gestão com R$ 775 milhões. Além disso, Pinheiro entregou o Executivo a Abilio com R$ 512 milhões em dívidas a negociar.
Nos seis primeiros meses de trabalho, Abilio afirmou ter arrecadado R$ 2,5 bilhões. O valor é positivo, uma vez que as despesas ficaram em R$ 2,1 bilhões. O prefeito também garantiu ter empenhados R$ 400 milhões no pagamento de dívidas e em novas ações.
Conforme o prefeito, o saldo da comissão de renegociação de contratos também foi positivo. O grupo de trabalho analisou 881 contratos e repactuou 321. A revisão dos termos permitiu uma economia de R$ 217 milhões.
"A austeridade, a necessidade de controle, o corte de gastos e a nossa preocupação com a economia da cidade continua e não vamos conseguir resolver esse problema em menos de dois anos", reiterou o prefeito.
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